quarta-feira, 18 de julho de 2012

Gaeco investiga doação de eletrodomésticos a vereadores

O gerente de uma das lojas do Super Muffato, Valdecir Galhardi, foi ouvido pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta terça-feira (17). Ele prestou depoimento no inquérito que investiga a doação de eletrodomésticos a vereadores de Londrina. Segundo o delegado Alan Flore, Galhardi teve o nome citado pelo vereador Joel Garcia (PP) em depoimento prestado no mês passado ao Ministério Público (MP). O pepista é um dos suspeitos de receber a vantagem indevida. Ele nega as acusações e alega que comprou os produtos. "O gerente da loja confirmou que vendeu vários eletrodomésticos à esposa do vereador. Ele apresentou notas fiscais das compras que, a partir de agora, serão analisadas pelo Gaeco", explicou Flore. O que mais chamou a atenção do delegado está relacionado à compra de uma geladeira, cujo valor era de R$ 12 mil, mas foi levada para a casa pela esposa do parlamentar por R$ 9 mil. "O gerente alegou que o desconto foi dado porque o produto era do mostruário", disse. O outro vereador suspeito de receber eletrodomésticos é Jairo Tamura (PSB). Ele teria sido beneficiado com dois televisores de 32 e 42 polegadas. O parlamentar também já prestou depoimento ao MP e negou as acusações. Assim como Garcia, Tamura alegou compra dos aparelhos. Desdobramento O caso envolvendo a suposta doação de produtos a vereadores é um desdobramento de uma investigação que começou no dia 23 de abril, quando o Gaeco fez a prisão do ex-secretário Marco Cito e do empresário Ludovico Bonato, acusados de tentar subornar o vereador Amauri Cardoso (PSDB), para tentar evitar a abertura da chamada Comissão Processante (CP) da Centronic na Câmara. Quase dois meses após as prisões, o Grupo de Atuação fez nova detenção, do empresário Anderson Fernandes, acusado de oferecer propina ao vereador Roberto Fu (PDT), para tentar evitar a derrubada da chamada Lei da Muralha no Legislativo. Como o caso é complexo, o delegado Alan Flore evitou estipular um prazo para a conclusão das investigações.

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