domingo, 11 de novembro de 2012

Agressão no Posto de Saúde

A Polícia Militar de Ivaiporã precisou ser chamada, na manhã da sexta-feira, dia 9 de novembro, para conter um cidadão que promoveu o maior quebra-quebra em uma sala de atendimento do Posto de Saúde da Prefeitura de Ivaiporã. Segundo o relato da PM, feito por um funcionário que estava trabalhando no momento em que Lincoln Luís dos Santos, 38 anos, chegou ao local e, por discordar do atendimento, passou a xingar e agredi-lo. Em seguida, Lincoln foi detido e levado para a 6ª Companhia Independente da Polícia Militar. No entanto, o secretário municipal de Saúde de Ivaiporã, Leandro Bonetti Vandersen, disse que a confusão foi muito maior. Por telefone, ele relatou que Lincoln causou o transtorno quando foi ao posto buscar um medicamento, à base de insulina, para o tratamento da filha, que tem um custo de R$ 1.000 e que havia sido cedido a ele nos últimos dois meses. “Esse tipo de medicação, que tem um custo alto para os cofres municipais, também é cedido pela Regional de Saúde, e a orientação, repassada pelo funcionário Valdete Marques para o usuário, é que ele deveria fazer um cadastro junto ao órgão de saúde estadual, para que o medicamento viesse diretamente para ele”, explicou Vandresen, lembrando que o processo para a inclusão na lista do Governo do Estado é um pouco demorada. Mas, com o protocolo, o município conseguiria ceder o medicamento ao usuário. “Se não fizermos, podemos ter problemas na prestação de contas junto ao Tribunal de Contas do Paraná, pois se existe um órgão que pode repassar o medicamento, não é necessário que o município compre”, afirmou o secretário de Saúde. Ele relatou que, após a orientação, Lincoln saiu do posto e, pouco tempo depois, teria retornado. “Ele chegou à porta do funcionário, esperando que este terminasse de atender ao telefone e, sem dizer nada, assim que a ligação foi encerrada, começou a agredir o funcionário e destruir vários equipamentos e objetos da sala”, descreveu Vandresen, lembrando que foram necessários outros funcionários para ajudar a conte-lo. O próprio secretário Leandro Vandresen disse que acabou machucando o joelho, na tentativa de conter o homem, que foi encaminhado para a confecção do Termo Circunstanciado na 6ª Companhia Independente da Polícia Militar. O secretário de Saúde afirmou que, em momento algum, o funcionário Valdete Marques teria sido ríspido ou desrespeitoso, e que a atitude do cidadão surpreendeu a todos. Segundo Vandresen, foram quebrados um notebook, mesa, cadeira e alguns encaminhamentos de outros pacientes acabaram sendo rasgados na confusão. Lincoln afirma ter sido humilhado pelo funcionário O Paraná Centro ouviu o ex-policial militar, Lincoln Luís dos Santos, que alegou ter se sentido humilhado com o atendimento dispensado pelo funcionário Valdete Marques. Ele disse que, há 4 meses, descobriu que a filha tem diabetes e que, neste período, a oscilação da doença é muito grande. Por isso, é necessário fazer testes constantes dos níveis de glicemia. “Sem o teste, se a minha filha comer algo, ela poderia morrer. Mas se tomar insulina além do necessário também há complicações”, relatou Lincoln, lembrando que, na manhã da sexta-feira, 9 de novembro, as fitas de testes haviam acabado e ele foi ao Posto de Saúde buscar o medicamento. “Cheguei ao Posto de Saúde e fui falar com o [Valdete] Marques, que é o responsável. Ele me disse que tinha o medicamento, mas que eu precisava ir até a 22ª Regional para fazer um cadastro”, afirmou Lincoln, contando que, na sequência, ao chegar à Regional de Saúde recebeu uma relação enorme de documentos, e que o primeiro item da lista seria uma declaração do próprio Marques, dizendo que o município não teria como ceder o medicamento. “Sem aquela declaração eu não poderia fazer nada na Regional. Fiquei com as mãos atadas e, para mim, aquilo foi uma humilhação”, desabafou. Lincoln disse que ainda voltou ao Posto de Saúde tentando resolver o problema e ao chegar ao local ficou na porta esperando ser atendido pelo funcionário. “Ele passou pelo menos duas pessoas na frente. Nisso, encostei do lado dele e perguntei se ele iria me atender. Senti que ele falou em um tom de ameaça e me questionou se eu já tinha feito o cadastro. Mas eu precisava da declaração dele. Como já estava nervoso, começamos a discutir. O xinguei e, quando ele se levantou da cadeira, achei que ele iria fazer algo contra mim. Perdi a cabeça e fomos para a via de fatos”, descreveu o ex-policial, afirmando que não quebrou nenhum equipamento ou móveis na sala do funcionário. Lincoln contou que ouviu de uma funcionária da Regional de Saúde, que ele não soube dizer o nome, que essa não seria a primeira vez que isso acontece. “Ele já teria mandado pessoas com situação semelhante à Regional de Saúde. A primeira coisa que é preciso ter é a declaração que o posto não possui o medicamento. Nestes termos, o Estado pode ceder, mas se o Posto de Saúde tem o medicamento, eles (Regional de Saúde) não vão ceder”, finalizou Lincoln Santos. fonte:www.paranacentro.com.br

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